2 de novembro de 2009

Os collants de descanso e o futuro

Saí do trabalho e no caminho até casa deparei-me com uma senhora dos seus 65/70 anos a atravessar apressada, em cima da passadeira, mas apressada. A verdade é que hoje em dia nem sempre se verifica o cumprimento do código da estrada em inúmeras regras, nomeadamente as que incluem peões.

Mas o sentimento de final de dia foi este: reparei nos collants da senhora, aqueles collants cor de pele, muito pálidos e grossos. Uns sapatinhos pretos. Uma simplicidade aparentemente enfadonha mas que por um segundo me enterneceu e me fez pensar no futuro. Porque num futuro (  não sei se próximo ) iremos sentir muita falta da sabedoria que representam estas pessoas de uma certa idade, com uma certa experiência, com aqueles valores que às vezes parecem estar a perder-se.

Continuei o meu caminho e quando saí do carro deparei-me com a temperatura. Está FRIO!!!!

YES YES YES

Vá, chamem-me nomes.....
Ainda há dias quando saí do avião em Zurique senti-me radiante: estava friozito.

Entretanto lembrei-me de vos pedir que perdoem esta exposição constante e quase desconcertante de pensamentos e observações um tanto pessimistas, cruas e negativas.
Para quem me conhece, sabe que não sou o que escrevo. Mas o que escrevo é o que penso, sinto, observo, reflito.
E tenho vontade de chamar à atenção. Apenas.

Na minha sala canta a doida da Madonna. Num mega concerto em Londres, do Confessions Tour.
Daqui a bocado um trago de vinho, um jantar simples.
Não vou pensar mais nos collants da velhinha não.

Vou agraciar-me com um belo jantar, toute seule.

E é tão bom...poder pensar, partilhar e libertar....

Obrigada.

T.

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