Quase parece que o Burrows está a olhar para mim...
Mas quem eu queria que olhasse com olhos de ver...perde-se no tempo, em efemeridades...
Eu queria que olhasse para mim da mesma forma.
Daquela forma.
Aquela que nos corta a respiração de forma brutal.
Aquela que nos paralisa, aquela que nos surpreende.
Aquela que não nos deixa ao abandono, entre um hoje e um amanhã...
Quase parece que olhas, mas não vês.
Quase parece que sentes, mas ainda é um processo a um.
Mãe, tu sabes olhar para mim.
Pai, tu também.
E mais, olham para e por mim.
Mais ninguém.
A criança cá dentro chora, pródiga no sentir e na partilha.
Pródiga no pensamentoo.
Simplesmente pródiga.
Quase parece feliz.
Quase parece muito alegre.
Assoma-a um vazio.
Um vazio que é só seu, o vazio de quem se sente só.
Só? Quase parece...
T.
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