5 de setembro de 2006

Cama

Daquelas em que basta um olhar e já está....
Hoje há cada vez menos pudor, maior fluidez, maior rapidez....

Há químicas boas, químicas brutais, químicas explosivas.
Há mornas, carinhosas, ténues...
Há as fraquinhas, as do beijinho.
E depois há as que simplesmente não são químicas. Apenas projecções, devidas a uma identificação qualquer.
Não vos sei dizer quantos tipos existem, é impossível.
Sei que muitas vezes nos deparamos com umas destas que citei.
Há as que nos marcam, há as que nos revoltam.
Mas há uma que se torna a mais especial de todas e que poderemos nunca mais voltar a encontrar. Aquela química em que os corpos falam sem que se profiram palavras.
Aquela em que os olhos se cruzam no limite do prazer e se amam, numa troca ardente de fluídos, de sensações. Aquela troca que dura horas e horas e quando se dá conta já passou uma noite e meio dia e ambos ainda na descoberta dos sentidos.
Essa química sabe/cheira a sândalo, a almíscar, a mel, a incenso...
Essa química que nos atira para a cama. Loucos.

O Desejo às vezes pode ser dor.
Outras uma tórrida concretização de calor.


Na cama.


T.

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