16 de junho de 2006

Purga

Gostava de tomar uma purga.
Uma daquelas bem fortes que apagasse tudo, sem deixar rasto.
Que me esvaziasse por completo.

Uma purga, diria, divinal. Seria.

E depois ao sentir a leveza do vazio saudável, projectava-me no espaço.
Flutuava que nem uma pena suspensa no ar.
E ía ser bom. Ía ser tão bom.

Dizem que essa purga vem com uma tal capacidade que se adquire ao longo da vida, que nos permite digerir, triar, transformar.... Será?

Expliquem-me como se eu tivesse 3 anos, vá lá....

Expliquem.....

Vá lá..... expliquem lá....


T.

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