Estou convicta de que nesta vida somos sempre surpreendidos com uma ou outra circunstância que nos molda, nos bloqueia, nos arrasta, nos quebra, nos levanta, etc...
E se até ao momento nada de grave nos bateu à porta, nenhuma enfermidade grave, nenhuma perda afectiva pela morte, ou seja, se o que nos chateia, magoa, deixa em baixo são apenas desentendimentos provocados pela diferença, pela incompatibilidade ou até pela maldade ou má formação....que saibamos parar um minuto e pensar que algures alguém sofre, morre devagar, sucumbe a uma doença, alguém tem vontade de por termo à vida, alguém perde as forças. Alguém efectivamente está mal.
E acreditem que nestas últimas 24 horas me dei conta da sorte que tenho.
Alguém que conheço, subitamente, descobriu que havia sido infectada pelo pior vírus de todos...
Em 10 segundos viajei no tempo e nos espaço e dei por mim a chorar. Em choque.
Mais do que a morte, é a morte na vida.
Uma morte lenta. Uma morte funda. Uma morte emocional.
E no entanto sei que luta. Que está a reagir bem, dentro do limite.
Deparo-me com uma tristeza profunda e ao mesmo tempo um sentimento de alerta para o mundo e para a vida. Uma vontade enorme de viver ao máximo cada segundo que passa.
A todos os que sofrem por causa desta enfermidade, porque existem falhas na sociedade, uma sociedade que se crê evoluída.... desejo CORAGEM.
E a Deus peço Fé para estas pessoas que aprendem a viver no limite da vida.
A morte chega a todos. É a única certeza que temos.
T.
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