11 de agosto de 2005

O Cavalo



O primeiro contacto é vital.
Chegamos ao pé dele e facilmente se assusta. Temos de ir devagar... é um cavalo nervoso.
Aproximamo-nos a esperamos pacientemente. Ele olha-nos, observa-nos, sente-nos o cheiro. Se já mexemos noutro é mais fácil, porque o cheiro do outro impele-o até nós. Senão há que esperar...
Depois vai-se aproximando interessado.
Quando o conseguimos tocar sentimos uma emoção. Eu sinto. Enorme, terapêutica até, diria...
Amo o cheiro. O suor, o mordiscar do freio, até mesmo a baba que lhes cai pelos cantos da boca. Amo os Cavalos.
Vezes sem conta dou por mim de olhos fechados a recordar os momentos em que tive contacto com estes animais.
A sensação de montar é única. Não pelo controle que temos quando puxamos as rédeas mas pela comunicação que sentimos por parte deles.
O passo é o movimento calmo que nos dá o primeiro contacto. O trote requer algum à vontade e o galope é um enorme desafio.
A melhor sensação que já tive foi galopar na praia. Era um cavalo de vacaria, frenético e que facilmente respondeu ao meu pedido de velocidade.
Era fácil: se caísse era em cima de areia, doi menos, creio ! Na realidade nem sei montar, mas as vezes que me sentei em cima deles senti-me como que em casa.

Dedico esta mensagem a uma amiga que me mostrou as potencialidades deste bicho maravilhoso, com quem compartilhei momentos de grande entusiasmo em contacto com um cavalo mas que infelizmente já partiu para uma outra vida.

A ti Inês, estejas onde estiveres.


T.

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