20 de abril de 2004

Fernando Pessoa

Hoje partilho convosco Pessoa por mim revisitado e em adição contextual a um mundo que considero único: o das Tunas.


Portugal Pessoa

Quando anoitece, aqui, na velha Lisboa,
Eu vagueio de sede, sede de Fernando Pessoa.
E p’las ruas de Alfama, Bairro Alto, Mouraria!
Eu vou recitando, suavemente, a sua poesia...

E porque não a prosa, de um brasão que em nós ecoa?
Aqui, bem junto ao profundo coração de Lisboa.
Desde o cinzento férreo, urbano, brutal, nesta penumbra;
Ao balir da ovelha, o Pastor, Mestre, que nos deslumbra.

E até mesmo recordando os Deuses lá no alto Olimpo,
Pouco a pouco vou espelhando, neste ar, aquilo que sinto.
Porque Pessoa abriu-nos ao seu rico e estranho mundo
Para nos fazer sentir Portugal, no seu "eu" mais profundo...


A ti, pedra da calçada, folha de árvore, pena, Ode Triunfal !
Gravadas nos versos do Pessoa que, desdobrado em muitos, ressuscitou Portugal...
E que em todos os sons que em harmonia possamos tocar,
Reapareça essa identidade que marcada ficou no nosso sentir, no nosso pensar...

Por mim escrito e dedicado à Tuna que conquistou por completo a minha alma...




T.