13 de março de 2004

Paixão de Cristo

Fui ver...

Acredito piamente que nem o mais cruel dos seres merecia passar por aquilo que Cristo passou.
Aliás Jesus, o seu nome, já que Cristo é mais um conceito do que propriamente um título. Sublinho isto porque já ouvi pessoas a dizer que era o irmão... Podem não crer mas por favor...leiam uns livrinhos para não dizerem parvoíces. A instrução é positiva, faz-nos evoluir e além do mais mostra interesse pela vida em todas as suas áreas.

Além do sangue, da violência, do sadismo, da maldade/ crueldade, da cobardia, da fraqueza humana... Além de tudo isto o filme transmite também, de forma quase subliminar, a mensagem de bondade que Jesus tentou passar ao mundo e provocou tanta contestação. Talvez de uma forma pouco perceptível para muitos.
É mais fácil dizer: " não acredito ". É mais fácil ficarmos por aqui na apreensão. Pensar dá trabalho. Mesmo. Devo dizer-vos que eu vou levar muito tempo a digerir este filme.
O choque, o frio, o sal das lágrimas sentidas na sala de cinema. O gelo e o silêncio. Marcaram. Caramba, se marcaram.
Não só pelo que Cristo significa para mim, mas sobretudo pelas motivações ignorantes e fanáticas que levaram à sua morte. Diz o Evangelho que estava destinado. Será que já alguma vez pensámos a fundo no porquê? Será que já nos questionámos a sério acerca de quem foi este homem? Porque somos capazes de perder o nosso tempo com figuras da história que se calhar não trouxeram senão alguma popularidade.
Que fez este homem para sofrer o que sofreu?
Qual foi o intuito da sua mensagem?
Que queria ele transmitir ao mundo que não o soube compreender?
Em que é que ele errou?
Será que errou?

????

E, passados 2004 anos, aquele povo nunca conseguiu alcançar a paz. Ironia das ironias...ainda estão à espera do Messias...


Mexeu comigo. Mesmo muito.
Aconselho vivamente.
Banda sonora, imagem, mensagem, realização...


Prestem atenção à figura do Diabo. Está brilhante.

Este comentário de hoje é por ti, Jesus, que sem crime sofreste mais do que qualquer criminoso no mundo. E digo-o sem a menor dúvida. Porque a dor do condenado inocente é mais funda e fria do que a dor de qualquer outro.


T.

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